17 de junho de 2009

OS ORFÃOS


O trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo que segue, é uma reflexão sobre os laços familiares e o porque de certas afinidades com supostos estranhos e as aversões a parentes consanguineos.

OS ORFÃOS



Um EspÌrito Familiar - Paris, 1860


18 Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis o quanto é triste estar só e abandonado, principalmente na infância! Deus permite que haja órfãos para nos animar a lhes servir de pais.

Que divina caridade é ajudar uma pobre e pequena criatura abandonada, impedi-la de sofrer fome e frio, conduzir sua alma a fim de que ela não se perca no vício! Quem estende a mão à criança abandonada agrada a Deus, pois compreende e pratica sua lei.


Considerai também que, muitas vezes, a criança que socorreis vos foi querida noutra encarnação e, se caso pudésseis vos lembrar, isso não seria mais caridade e sim um dever. Assim, portanto, meus amigos, todo ser que sofre é vosso irmão e tem o direito à vossa caridade, mas não aquela caridade que fere o coração, não aquela esmola que queima a mão que a recebe, pois vossas esmolas são, muitas vezes, bem amargas! Quantas vezes seriam recusadas se, em casa, a doença e a miséria não precisassem delas!


Dai delicadamente, acrescentai à vossa dádiva o mais precioso de todos os benefícios: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo. Evitai esse tom de proteção que fere o coração já aflito e pensai que, ao fazer o bem, trabalhais para vós e para os vossos.