13 de março de 2010

SEM AMOR EU NADA SERIA...


Ainda que eu falasse

A língua dos homens


E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...


É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade


O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja


Ou se envaidece...


O amor é o fogo
Que arde sem se ver


É ferida que dói
E não se sente


É um contentamento
Descontente


É dor que desatina sem doer...



Ainda que eu falasse
A língua dos homens


E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...


É um não querer
Mais que bem querer


É solitário andar
Por entre a gente


É um não contentar-se
De contente


É cuidar que se ganha
Em se perder...



É um estar-se preso
Por vontade


É servir a quem vence
O vencedor


É um ter com quem nos mata
A lealdade


Tão contrário a si


É o mesmo amor...


Estou acordado
E todos dormem, todos dormem
Todos dormem


Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face


É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade...






Ainda que eu falasse
A língua dos homens


E falasse a língua dos anjos
Sem amor, eu nada seria...