20 de dezembro de 2009

EU NÃO TROCO O TIÊTE POR JURERÊ!!!





A convite de novos e queridos amigos, aos quais agradeço e homenageio com esta postagem, tive a satisfação de conhecer um pouco mais do Rio Tiête (caudal volumoso, em Tupi), que ao cortar a região de Araçatuba assemelha-se a um mar de água doce, sob diversos aspectos.

Um dos aspectos que permite que se trace um paralelo entre esse precioso rio e o mar, é a própria grandeza do Tiête, assim como sua piscosidade e importância social no desenvolvimento do Estado de São Paulo. 

Ao cortar o interior paulista, em determinados pontos as margens distam até 5 km uma da outra(imaginem um paulistano lendo isso...), propiciando a prática de um sem número de atividades: abastecimento de água potável, transporte, geração de emprego e renda em atividades agrícolas, de lazer, irrigação(coisa que o mar não faz), esportes náuticos, etc...

Guardadas as devidas proporções, o Tiête não fica devendo nada ao Oceano Atlântico, senão vejamos:

1- a abundância de peixes que existe lá, também existe cá;

2- a viabilidade de navegação que existe lá, também existe cá;

3- a irrigação que temos cá, não é possível lá;

4- a água potável que temos cá, não existe lá;

5- os ranchos e balneários de lazer do Tiête, nada ficam devendo a *Jurerê.

Por todas essas razões eu não hesito em dizer: EU NÃO TROCO O TIÊTE POR JURERÊ.

*Referências feitas à Praia de Jurerê Internacional, localizada no norte da Ilha de Santa Catarina, Florianópolis-SC.

Para entender e valorizar, é fundamental conhecer as riquezas de cada região, abaixo algumas informações sobre o rio do caudal volumoso:

Rio Tietê



Localização, formação, extensão, poluição, projetos, enchentes, história, dados sobre o rio.

Localização

O rio Tietê nasce a 840 metros de altitude, na cidade de Salesópolis (estado de São Paulo), situada na região da Serra do Mar. Atravessa o estado de São Paulo, na direção de leste a oeste. Ele deságua no rio Paraná, no município de Itapura (divisa entre São Paulo e Mato Grosso).

Informações importantes

O rio Tietê possui 1.100 quilômetros de extensão e, em seu trajeto, banha 62 municípios paulistas. Faz parte de 6 sub-bacias hidrográficas (Alto Tietê (na Região Metropolitana de São Paulo); Piracicaba; Sorocaba/Médio Tietê; Tietê/Jacaré; Tietê/Batalha e Baixo Tietê).

O potencial hidrelétrico do rio é bem utilizado na atualidade. No percurso, encontram-se instaladas diversas barragens. As principais barragens são: Edgard de Souza, Pirapora do Bom Jesus, Laras, Anhembi, Rasgão, Barra Bonita, Ibitinga, Três Irmãos e Promissão.

História e Poluição do rio

Este rio teve uma grande importância na história do país, pois serviu de rota para os bandeirantes, no século XVIII. Estes aventureiros, que ampliaram o território brasileiro, usavam o Tietê para chegar ao interior do estado de São Paulo, atingindo a região de Mato Grosso. Durante o percurso, os bandeirantes fundaram diversas cidades.

Nas épocas seguintes, foi muito utilizado para a navegação e até mesmo para a prática de esportes náuticos, principalmente, na região metropolitana de São Paulo. Foi a partir da década de 1950 que este quadro mudou. Com o crescimento populacional e industrial desordenado da cidade de São Paulo, o rio passou a receber o esgoto doméstico e industrial no trecho da cidade, deixando suas águas poluídas e contaminadas.

A partir da década de 1990, após forte mobilização popular, o governo do estado de São Paulo deu início ao projeto Tietê Vivo. Este projeto, ainda em execução, tem apresentado bons resultados. A poluição da águas do rio já apresenta diminuição, pois boa parte do esgoto tem recebido tratamento. Espera-se que, nos próximos anos, o rio recupere as boas condições de suas águas como nas décadas passadas.

Enchentes

A marginal do Tietê é uma importante ligação viária da cidade de São Paulo, localizando-se à margem do rio. Até o começo do século XXI eram comuns as enchentes, principalmente na época de verão. Estas enchentes provocavam transtornos ao trânsito da cidade, além de inundar casas, indústrias e estabelecimentos comerciais. As águas poluídas e contaminadas provocavam doenças (leptospirose, tifo, diarréias, entre outras) nas pessoas que entravam em contato com elas.

A partir do ano 2002, o governo do Estado de São Paulo deu início ao projeto de rebaixamento e urbanização da calha do rio. Finalizado em 2006, este projeto apresentou resultados positivos, diminuindo significativamente as enchentes na marginal Tietê.


Curiosidade

A palavra Tietê é de origem indígena (tupi) e significa "caudal volumoso".