Com a "modernização" da arquitetura aprendemos novas técnicas construtivas e descobrimos novos materiais, avanços necessários e benvindos.
O único inconveniente da assim chamada "modernização", é o abandono das técnicas tradicionais, práticas, ecológicas e de baixo custo, uma vez que a modernidade atende a necessidade que os desenvolvedores de novos produtos tem de vender suas inovações tecnológicas.
A arquitetura praticada "pelos arquitetos descalços" valoriza o tradicional, sem qualquer preconceito com as novas técnicas. A TAIPA, o ADOBE, as construções com bambu e outros materiais nativos do local da construção, vieram sendo abandonados ao longo do tempo, como se, com o aparecimento dos tijolos, dos blocos de concreto, do cimento, ferro, cal e outros, tivessem retirado das construções com terra seu valor e importância na construção da humanidade.
É bom lembrar, que as cidades que formaram o berço da civilização ( e que continuam em pé até hoje) foram totalmente construídas com terra e outros agregados naturais, senão vejamos: o CAIRO, JERICÓ, JERUSALÉM, TRÍPOLI, incontáveis construções de terra ainda resistem em metrópoles como PARIS, LONDRES, MADRID e LISBOA onde surgiu a taipa de mão que foi trazida para o Brasil, sendo aqui aperfeiçoada e transformada na TAIPA DE PILÃO, muito mais resistente e eficiente).
Em um exemplo mais próximo da realidade de todos nós, podemos citar a construção dos cupinzeiros nos pastos, a menos que seja destruído pela mão humana, um cupinzeiro pode durar séculos exposto às intempéries. Alí não se usa, cimento, ferro, brita, etc...
Recentemente algumas dessas técnicas vem sendo resgatadas por algumas pessoas interessadas na preservação do planeta e na formação de um estilo de vida menos poluente e que utiliza os recursos naturais com mais racionalidade.
CASA DE TAIPA NO DESERTO DO ARIZONA - USA
13 de dezembro de 2009
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