27 de outubro de 2010
PERDA DE PESSOAS AMADAS
CAPÍTULO 5 - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
PERDA DAS PESSOAS AMADAS.
MORTES PREMATURAS
Sansão, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris - Paris, 1863
21 Quando a morte se faz presente nas vossas famílias, levando
sem critério os jovens antes dos velhos, dizeis muitas vezes: “Deus
não é justo, já que sacrifica aquele que é forte, e com um futuro pela
frente, para conservar aqueles que já viveram longos anos cheios de
decepções; leva aqueles que são úteis e deixa aqueles que não servem
mais para nada; parte o coração de uma mãe, privando-a da
inocente criatura que fazia toda a sua alegria”.
Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidade de vos elevar
acima do plano terreno da vida, para compreender que o bem
está muitas vezes onde se acredita ver o mal, a sábia previdência,
onde se acredita ver a cega fatalidade do destino! Por que medir a
justiça divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos
mundos queira, por um simples capricho, vos impor penas cruéis?
Nada se faz sem um objetivo inteligente e tudo o que acontece tem
sua razão de ser. Se meditásseis melhor o porquê das dores que vos
atingem, encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e
vossos míseros interesses seriam uma consideração secundária que
desprezaríeis ao último plano.
Acreditai em mim, a morte é preferível, mesmo numa encarnação
de vinte anos, a essas desordens vergonhosas que desolam famílias honradas,
cortam o coração de uma mãe e fazem branquear os cabelos dos
pais, antes do tempo. A morte prematura é muitas vezes um grande
benefício que Deus dá àquele que se vai, e que se encontra assim poupado
das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à
sua perdição. Aquele que morre na flor da idade não é vítima da fatalidade;
é que Deus julga que não lhe é útil passar maior tempo na Terra.
É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças
seja cortada tão cedo! De quais esperanças quereis falar? Das
da Terra, onde aquele que se foi teria brilhado, trilhado seu caminho e
feito fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue se elevar
acima da matéria! Acaso sabeis qual teria sido o destino dessa vida
tão cheia de esperanças, segundo pensais? Quem vos garante que
ela não poderia ter sido cheia de amarguras? Acaso considerais nulas
as esperanças da vida futura, preferindo as da vida passageira que
arrastais na Terra? Pensais, então, que vale mais ter uma posição
entre os homens do que entre os Espíritos bem-aventurados?
Alegrai-vos ao invés de vos lamentar quando Deus quiser retirar
um de seus filhos desse vale de misérias. Não há egoísmo em
desejar que ele permanecesse aí, para sofrer convosco? Essa dor
compreende-se entre aqueles que não têm fé e que vêem na morte
uma separação eterna; porém vós, espíritas, sabeis que a alma vive
melhor livre de seu envoltório corporal. Mães, sabeis que vossos filhos
bem-amados estão perto de vós; sim, estão bem perto; seus
corpos fluídicos vos rodeiam, seus pensamentos vos protegem, e a
lembrança que tendes deles os enche de felicidade; assim como também
vossas dores insensatas os perturbam, pois elas denotam uma
falta de fé e são uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós que entendeis a vida espiritual, fazei vibrar as pulsações de
vosso coração em favor desses entes bem-amados, e, se pedirdes a
Deus que os abençoe, sentireis em vós aquelas consolações poderosas
que secam as lágrimas, aquela fé consoladora que vos mostrará
o futuro prometido pelo soberano Senhor.
PERDA DAS PESSOAS AMADAS.
MORTES PREMATURAS
Sansão, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris - Paris, 1863
21 Quando a morte se faz presente nas vossas famílias, levando
sem critério os jovens antes dos velhos, dizeis muitas vezes: “Deus
não é justo, já que sacrifica aquele que é forte, e com um futuro pela
frente, para conservar aqueles que já viveram longos anos cheios de
decepções; leva aqueles que são úteis e deixa aqueles que não servem
mais para nada; parte o coração de uma mãe, privando-a da
inocente criatura que fazia toda a sua alegria”.
Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidade de vos elevar
acima do plano terreno da vida, para compreender que o bem
está muitas vezes onde se acredita ver o mal, a sábia previdência,
onde se acredita ver a cega fatalidade do destino! Por que medir a
justiça divina pelo valor da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos
mundos queira, por um simples capricho, vos impor penas cruéis?
Nada se faz sem um objetivo inteligente e tudo o que acontece tem
sua razão de ser. Se meditásseis melhor o porquê das dores que vos
atingem, encontraríeis sempre a razão divina, razão regeneradora, e
vossos míseros interesses seriam uma consideração secundária que
desprezaríeis ao último plano.
Acreditai em mim, a morte é preferível, mesmo numa encarnação
de vinte anos, a essas desordens vergonhosas que desolam famílias honradas,
cortam o coração de uma mãe e fazem branquear os cabelos dos
pais, antes do tempo. A morte prematura é muitas vezes um grande
benefício que Deus dá àquele que se vai, e que se encontra assim poupado
das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à
sua perdição. Aquele que morre na flor da idade não é vítima da fatalidade;
é que Deus julga que não lhe é útil passar maior tempo na Terra.
É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças
seja cortada tão cedo! De quais esperanças quereis falar? Das
da Terra, onde aquele que se foi teria brilhado, trilhado seu caminho e
feito fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue se elevar
acima da matéria! Acaso sabeis qual teria sido o destino dessa vida
tão cheia de esperanças, segundo pensais? Quem vos garante que
ela não poderia ter sido cheia de amarguras? Acaso considerais nulas
as esperanças da vida futura, preferindo as da vida passageira que
arrastais na Terra? Pensais, então, que vale mais ter uma posição
entre os homens do que entre os Espíritos bem-aventurados?
Alegrai-vos ao invés de vos lamentar quando Deus quiser retirar
um de seus filhos desse vale de misérias. Não há egoísmo em
desejar que ele permanecesse aí, para sofrer convosco? Essa dor
compreende-se entre aqueles que não têm fé e que vêem na morte
uma separação eterna; porém vós, espíritas, sabeis que a alma vive
melhor livre de seu envoltório corporal. Mães, sabeis que vossos filhos
bem-amados estão perto de vós; sim, estão bem perto; seus
corpos fluídicos vos rodeiam, seus pensamentos vos protegem, e a
lembrança que tendes deles os enche de felicidade; assim como também
vossas dores insensatas os perturbam, pois elas denotam uma
falta de fé e são uma revolta contra a vontade de Deus.
Vós que entendeis a vida espiritual, fazei vibrar as pulsações de
vosso coração em favor desses entes bem-amados, e, se pedirdes a
Deus que os abençoe, sentireis em vós aquelas consolações poderosas
que secam as lágrimas, aquela fé consoladora que vos mostrará
o futuro prometido pelo soberano Senhor.
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