OS EXILADOS DE CAPELA
RESUMO
Intrigante relato trazidos pela espiritualidade com citações de Emmanuel, sobre todo o processo de formação e evolução da raça humana.
Do sistema de Capela, localizado muito distante do planeta Terra, inúmeros irmãos que não conseguiram acompanhar a transição de seu planeta, que saía da fase de Provação e Expiação e começava uma nova etapa de Regeneração, são trazidos para cá, reencarnando entre nós, dotados de um intelecto muito mais avançado, começaram a direcionar as criaturas aqui encarnadas para um desenvolvimento intelectual e moral rumo ao progresso.
O QUE É A CONSTELAÇÃO DO COCHEIRO?
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza e que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.
O QUE É CAPELA?
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Dista da Terra 45 anos-luz, distância essa que, em quilômetros, se representa pelo número 4.275 seguido de 12 zeros.
Na abóboda celeste está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince; e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro.
Conhecida desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo o afirma o célebre astrônomo Eddington, e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.
Sua cor é amarela, o que demonstra ser um sol em plena juventude; e, como um sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluida.
ORIGEM DA CRIAÇÃO DA VIDA HUMANA NA TERRA
Sabemos agora que esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo lentamente através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os “primatas” foram o tipo anterior melhor definido; e outra categoria, composta de seres mais avançados e dominantes, que constituiram as levas exiladas da Capela(2), o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal.
Esses milhões de advenas para aqui transferidos, em época impossível de ser agora determinada, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de entendimento mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foram o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva, para o conchego da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora.
Mestres, condutores e líderes que então se tornaram das tribos humanas primitivas, foram eles, os exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito.
(2) Há também notícias de que, em outras épocas, desceram à Terra instrutores vindos e Vênus.
OS TRÊS CICLOS
Para melhor metodização do estudo que vamos fazer, deste tão singular e interessante assunto, julgamos aconselhável dividir a história da vida humana, na Terra, em três períodos ou ciclos que, muito embora diferentes das classificações oficiais, nem por isso, todavia, representam discordância em relação a elas; adotamos uma divisão arbitrária, unicamente por conveniência didática, segundo um ponto de vista todo pessoal.
É a seguinte:
1º Ciclo:
Começa no ponto em que os Prepostos do Cristo, já havendo determinado os tipos dos seres dos três reinos inferiores e terminado as experimentações fundamentais para a criação do até hoje misterioso tipo de transição entre os reinos animal e humano, apresentaram, como espécime-padrão, adequado às condições de vida no planeta, esta forma corporal crucífera, símbolo da evolução pelo sofrimento que, aliás, com ligeiras modificações, se reflete no sistema sideral de que fazemos parte e até onde se estende a autoridade espiritual de Jesus Cristo, o sublime arquiteto e divino diretor planetário.
O ciclo prossegue com a evolução, no astral do planeta, dos espíritos que formaram a 1ª Raça-Mãe; depois com a encarnação dos homens primitivos na 2ª Raça-Mãe, suas sucessivas gerações e selecionamentos periódicos para aperfeiçoamentos etnográficos; na 3ª e na 4ª, com a emigração de espíritos vindos da Capela; corrupção moral subseqüente e expurgo da Terra com os cataclismos que a tradição espiritual registra.
2º Ciclo:
Inicia-se com as massas sobreviventes desses cataclismos; atravessa toda a fase consumida com a formação de novas e mais adiantadas sociedades humanas e termina com vinda do Messias Redentor.
3º Ciclo:
Começa no Gólgota, com o último ato do sacrifício do Divino Mestre e vem até nossos dias, devendo encontrar-se com o advento do Terceiro Milênio, em pleno Aquário, quando a humanidade sofrerá novo expurgo — que é o predito por Jesus, nos seus ensinos, anunciado desde antes pelos Profetas hebreus, simbolizado por João no Apocalipse e confirmado pelos porta-vozes da Terceira Revelação — época cru que se iniciará na Terra um período de vida moral mais perfeito, para tornar realidade os ensinamentos contidos nos evangelhos cristãos.
AS ENCARNAÇÕES NA SEGUNDA RAÇA
Quando cessou o trabalho de integração de espíritos animalizados nesses corpos fluí dicos e terminaram sua evolução, aliás muito rápida, nessa raça padrão, o planeta se encontrava nos fins de seu terceiro período geológico e já oferecia condições de vida favoráveis para seres humanos encarnados; já de há muito seus elementos materiais estavam estabilizados e o cenário foi julgado apto a receber o “rei da criação”.
Iniciou-se, então, essa encarnação nos homens primitivos formadores da
Segunda Raça-Mãe, que a tradição esotérica também registrou com as seguintes características:
— “espíritos habitando formas mais consistentes, já Possuidores de mais lucidez e personalidade”, porém ainda não fisicamente humanos. Iniciou-se com estes espíritos um estágio de adaptação na crosta planetária tendo como teatro o grande continente da Lemúria. Esta segunda raça deve ser considerada como pré-adâmica.
Os homens dessa segunda raça em quase nada se distinguiam dos seus antecessores símios; eram grotescos, animalizado, inteiramente peludos, enormes cabeças pendentes para a frente, braços longos que quase tocavam os joelhos; ferozes, de andar trôpego e vacilante e em cujo olhar, inexpressivo e esquivo, predominavam a desconfiança e o medo.
A TERCEIRA RAÇA-MÃE
Estava-se no período que a ciência oficial denomina — Era da Pedra Lascada — em que o engenho humano, para seu uso e defesa, se utilizava do sílex, como arma primitiva e tosca.
Nessa época, em pleno quaternário, por efeito de causas pouco conhecidas, ocorreu um resfriamento súbito da atmosfera, formando-se geleiras, que cobriam toda a Terra.
Entretanto, tempos mais tarde, as alternativas da evolução física do globo determinaram acentuado aquecimento geral, que provocou súbito degelo e terríveis inundações fenômeno esse que, na tradição pré-histórica, ficou conhecido como — o dilúvio universal, — atribuído a um desvio de eixo do globo que se obliquou e provocado pela aproximação de um astro, que determinou também alteração na sua órbita, que se tornou, então, mais fechada.
A SENTENÇA DIVINA
Ia em meio o ciclo evolutivo da Terceira Raça(7), cujo núcleo mais importante e numeroso se situava na Lemúria quando, nas esferas espirituais, foi considerada a situação da Terra e resolvida a imigração para ela de populações de Outros orbes mais adiantados, para que o homem planetário pudesse receber um poderoso estímulo e uma ajuda direta na sua árdua luta pela conquista da própria espiritualidade.
A escolha, como já dissemos, recaíu nos habitantes da Capela.
Eis como Emmanuel, o espírito de superior hierarquia, tão estreitamente vinculado agora ao movimento espiritual da Pátria do Evangelho, inicia a narrativa desse impressionante acontecimento: “Há muitos milênios, um dos orbes do Cocheiro, que guarda muitas
afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos...
Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e de virtudes...
Aliás, essa permuta de populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de caráter seletivo; como também é fenômeno que se enquadra nas leis gerais da justiça e da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos oportunos, retomadas de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços evolutivos para as comunidades de espíritos habitantes dos diferentes mundos.
Por outro lado é a misericórdia divina que se manifesta, possibilitando a reciprocidade do auxílio, a permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim, da fraternidade para todos os seres da criação.
Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes de Capela que, como já foi dito, deviam dali ser expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe.
*
Resolvida, pois, a transferência, os milhares de espíritos atingidos pela irrecorrível decisão foram notificados do seu novo destino e da necessidade de sua reencarnação em planeta inferior.
SETH — O CAPELINO
No capítulo em que descreve os antepassados do homem e, pondo em evidência a significação simplesmente simbólica, mas autêntica, dos textos bíblicos ele pergunta: — “Onde está Adão, com a sua queda do paraíso?
Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias com o propósito de localizá-las no espaço e no tempo.
“Compreendemos afinal que Adão e Eva constituem uma lembrança dos espíritos degredados na paisagem escura da Terra, como Caim e Abel são dois simbolos para a personalidade das criaturas.”
Sim; realmente, Adão representa a queda dos espíritos capelinos neste mundo de expiação que é a Terra, onde o esforço verte lágrimas e sangue, como também lá no sagrado texto está predito: — “Maldita é a Terra por causa de ti — disse o Senhor; com dor comerás dela todos os dias de tua vida...
No suor do teu rosto comerás o seu pão até que te tornes à Terra.”
Refere-se o texto aos capelinos, às sucessivas reencarnações que sofriam para resgate de suas culpas.
Mas, retomando a narrativa e no entendimento iniciático diremos que Caim e Abel — os dois primeiros filhos - são unicamente símbolos das tendências do caráter dessas legiões de emigrados, formadas, em parte, por espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos e, em parte, por outros — ainda que criminosos — porém já mais pacificados, conformados e submissos à vontade do Senhor.
Vimos, qual a significação simbólica dos dois primeiros filhos de Adão — Caim e Abel e diremos agora que, do ponto de vista propriamente histórico ou cronológico, a descida dos exilados é representada na Gênesis pelo nascimento de Seth — o terceiro filho — que Adão, como diz o texto: “gerou à sua semelhança, conforme sua imagem”. Isto é: aquele que com ele mesmo, Adão, se confunde, é-lhe análogo.
Se Adão, no símbolo, representa o acontecimento da descida, a queda das legiões de emigrados e os dois primeiros filhos o caráter dessas legiões, Seth, no tempo, representa a época do acontecimento, época essa que no próprio texto está bem definida com o seguinte esclarecimento:
— “Os homens, então, começaram a evocar o nome do Senhor”.
Isso quer dizer que a geração de Seth é a de espíritos não já habitantes da Terra — os das raças primitivas, bárbaros, selvagens, ignorantes, virgens ainda de sentimentos e conhecimentos religiosos — mas outros, diferentes, mais evoluídos, que já conheciam seus deveres espirituais suas ligações com o céu; espíritos já conscientes de sua filiação divina, que já sabiam estabelecer.
Mas, retomando a narrativa e no entendimento iniciático diremos que Caim e Abel — os dois primeiros filhos - são unicamente símbolos das tendências do caráter dessas legiões de emigrados, formadas, em parte, por espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos e, em parte, por outros — ainda que criminosos — porém já mais pacificados, conformados e submissos à vontade do Senhor.
DA DESCIDA À CORRUPÇÃO
Diz a Gênesis:
- “E aconteceu que, como os homens se começaram a multiplicar sobre a face da Terra e lhes nasceram filhos; viram os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”.
Isto quer dizer que os degredados — aqui mencionados como Filhos de Deus — encarnando no seio de habitantes selvagens do planeta, não levaram em conta as melhores possibilidades que possuíam, como conhecedores de uma vida mais perfeita e, ao desposarem as mulheres primitivas, adotaram seus costumes desregrados e deixaram-se dominar pelos impulsos inferiores que lhes eram naturais.
Chegaram numa época em que as raças primitivas viviam mergulhadas nos instintos animalizados da carne e, sem se guardarem, afundaram na impureza, não resistindo ao império das leis naturais que se cumpriam irrevogavelmente, como sempre sucede.
OS EXPURGOS REPARADORES
Em conseqüência, o vasto continente da Lemúria, núcleo central da Terceira Raça, afundou-se nas águas levando para o fundo dos abismos milhões de seres rudes, vingativos, egoístas e animalizados.
Este continente, chamado, na literatura hindu antiga Shalmali Dvipa, compreendia o sul da África, Madagascar, Ceilão, Sumatra, Oceano Indico, Austrália, Nova Zelândia e Polinésia e foi a primeira terra habitada pelo homem.
Sua atmosfera era ainda muito densa e a crosta pouco sólida em alguns pontos. Segundo a tradição o homem lemuriano ainda não possuía o sentido da visão como o possuímos hoje: havia nas órbitas somente duas manchas sensíveis, que eram afetadas pela luz, porém sua percepção interna, como é natural, era bastante desenvolvida.
Os lemurianos da 3ª Raça-Mãe eram homens que apenas iniciavam a vida em corpo físico neste planeta; não possuíam conhecimento algum sobre a vida material, pois que utilizaram corpos etéreos nos planos espirituais donde provinham, com os quais estavam familiarizados. Desta forma suas preocupações eram todas dirigidas para esta nova condição de vida, desconhecida e altamente objetiva.
Em suas escolas primárias os Instrutores desencarnados que os orientavam referiam-se às forças cósmicas que regem o Globo e que fortemente os cativavam e surpreendiam, por serem forças de um astro ainda em fase de consolidação e cuja vida, portanto era inóspita, perigosa; ensinavam também sobre fatos referentes à natureza física, às artes e ao desenvolvimento da vontade, da imaginação, da memória, por serem faculdades
que desconheciam.
A maior parte da população vivia em condições primitivas, análogas às dos animais; e as formas físicas que acabavam de incorporar, facilmente degeneraram para a selvageria, muito mais rude e impiedosa que esta que ainda hoje presenciamos aqui na Terra junto às tribos primitivas de algumas regiões da Ásia, da Austrália e das ilhas do Pacífico sul.
A Lemúria desapareceu 700.000 anos antes do alvorecer da Idade Terciária.
Sua existência, como muitas outras cousas reais, tem sido contestada e não é admitida pela ciência oficial, porém, ao mesmo tempo, essa ciência considera um mistério a existência de aborígenes na Austrália, a imensa ilha ao sul do Oceano Índico, tão afastada de qualquer continente. Esses aborígenes são até hoje inassimiláveis ante a civilização, extremamente primitivos e de cor escura como os próprios seres que habitavam a antiga Lemúria.
O território da Austrália apresenta aspectos e condições que a Terra teria tido em idades remotas e os próprios animais são ainda semelhantes aos que viveram naqueles tempos.
Mas, assim como sucede em relação à Atlântida, a ciência aos poucos vai se aproximando e aceitando as revelações e as tradições do mundo espiritual, sobre as quais nenhuma dúvida deve persistir a respeito destes fatos.
NA ATLÂNTIDA, COM A QUARTA RAÇA
Extinta dessa forma, em sua grande massa, a terceira raça habitante do Oriente levantou-se então, no Ocidente, o campo da nova civilização terrestre, com o incremento das encarnações dos exilados na Grande Atlântida, o “habitat” da Quarta Raça, onde prepostos do Cristo já haviam, antecipadamente, preparado o terreno para esses novos surtos de vida planetária.
Assim, pois, deslocava-se para essa nova região o progresso do mundo, enquanto os remanescentes da terceira raça, inclusive os tipos primitivos, continuariam a renascer nos povos retardados, de todo o globo, que não pudessem acompanhar a marcha evolutiva da humanidade em geral, como até hoje se pode verificar.
E, da mesma forma como sucedera em outras partes, na Atlântida os exilados, a partir dessa deslocação de massas, seguiram lentamente sua rota evolutiva e, apesar de mais evoluídos e menos selvagens que os Rutas do Oriente, nem por isso primavam por uma conduta mais perfeita.
“Os atlantes primitivos da 4ª Raça-Mãe, que vieram em seguida, eram homens de elevada estatura, com a testa muito recuada; tinham cabelo solto e negro, de secção redonda, e nisto diferiam dos homens que vieram mais tarde, que os possuiam de secção ovalada; suas orelhas eram situadas bem mais para trás e para cima, no crânio.
A cabeça do perispírito ainda estava um tanto para fora, em relação ao corpo físico, o que indicava que ainda não havia integração perfeita; e na raiz do nariz havia um “ponto” que no homem atual corresponde à origem do corpo etéreo (não confundir com a glândula hipófise, que se situa muito mais para
A QUINTA RAÇA
Com a chegada dos remanescentes da Atlântida os povos Hiperbóreos ganharam forte impulso civilizador e, após várias transformações operadas no seu tipo fundamental biológico por efeito do clima, dos costumes e dos cruzamentos com os tipos-base, já previamente selecionados pelos auxiliares do Cristo, conseguiram estabelecer os elementos etnográficos essenciais e definitivos do homem branco, de estatura elegante e magnífica, cabelos ruivos, olhos azuis, rosto de feições delicadas.
Nessa época, como tantas vezes sucedera no globo anteriormente, esse continente começou a sofrer um processo de intenso resfriamento que tornou toda a região inóspita, hostil à vida humana.
OS QUATRO POVOS
Após essas impressionantes depurações os remanescentes humanos agrupados, cruzados e selecionados aqui e ali, por vários processos, e em cujas veias já corria, dominadoramente, o sangue espiritual dos exilados da Capela, passaram a formar quatro povos principais a saber: os Árias, na Europa; os Hindus, na Ásia; os Egípcios, na África e os Israelitas, na Palestina.
Os ÁRIAS, após a invasão da Índia, para onde se deslocaram, como vimos, sob a chefia de Rama, aí se estabeleceram, expulsando os habitantes primitivos, descendentes dos Rutas da terceira raça e organizando uma poderosa civilização espiritual que, em seguida, se derramou por todo o mundo.
Deles descendem todos os povos de pele branca que, um pouco mais tarde, conquistaram e dominaram a Europa até o Mediterrâneo.
Os HINDÚS, que se formaram de cruzamentos sucessivos entre os primitivos habitantes da região e que fecunda-mente proliferaram após as arremetidas dos Árias para o ocidente e para o sul, e dos quais herdaram conhecimentos espirituais avançados e outros elementos civilizadores.
Os EGÍPCIOS — os da primeira civilização — detentores da mais dinâmica sabedoria; povo que, como diz Emmanuel: “Após deixar o testemunho de sua existência gravado nos monumentos imperecíveis das Pirâmides regressou ao paraiso da Capela”.
E finalmente os ISRAELITAS, povo tenaz, orgulhoso, fanático e inamovível nas suas crenças; povo heróico no sofrimento e na fidelidade religiosa, do qual disse o Apóstolo das Gentes:
- “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; porém vendo-as de longe e abraçando-as confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na Terra.”
Povo que até hoje padece, como nenhum outro dos exilados, por haver desprezado a luz quando ela no seu seio privilegiado brilhou, segundo a Promessa, na pessoa do próprio divino Senhor — O Messias.
Como disse o Apóstolo João:
— “Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandeceu nas trevas e as trevas não a receberam”.
A PASSAGEM DO MILÊNIO
E assim atingimos o último ciclo.
Dois mil anos são transcorridos após o sublime avatar mas, entretanto, eis que a humanidade vive agora um novo período de ansiosa e dolorosa expectação; mais que nunca, e justamente porque seu entendimento se alargou, crescendo sua responsabilidade, necessita ela de um redentor.
Porque os ensinos maravilhosos do Messias de Deus foram, em grande parte, desprezados ou deturpados.
O rumo tomado pelas sociedades humanas não é aquele que o divino Pastor apontou ao rebanho bruto dos primeiros dias, aos Filhos da Promessa que desceram dos céus e continua a apontar às gerações já mais esclarecidas e conscientes dos nossos tempos.
Os homens se desviaram por maus caminhos e se perderam nas sombras da maldade e do crime.
Como da primeira vez, os degredados e seus descendentes deixaram-se corromper pelas paixões e foram dominados pelas tentações do mundo material.
Sua inteligência, grandemente desenvolvida no transcorrer dos séculos, foi aplicada na conquista de bens perecíveis; os templos dos deuses da guerra, transferidos agora para as oficinas e as chancelarias, nunca mais desde muito se fecharam e a violência e a corrupção dominam por toda a terra.
A amálgama das raças e sua espiritualização na unidade — que era a tarefa planetária dos Exilados — não produziu os desejados efeitos, pois que parte da humanidade vive e se debate na voragem nefanda da morte, destruindo-se mutuamente, enquanto muitos dos Filhos da Terra ainda permanecem na mais lamentável barbárie e na ignorância de suas altas finalidades evolutivas.
Pode hoje o narrador repetir como antigamente:
— “e viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra Por isso, agora, ao nos avizinharmos do encerramento deste ciclo, nossos corações se confrangem e atemorizam: tememos o dia do novo juízo quando o Cristo, sentado no seu trono de luzes, pedir-nos contas de nossos atos.
Porque está escrito, para se cumprir como tudo o mais se tem cumprido: — “O Filho do Homem será o juiz.
“Pois, como o Pai tem em si mesmo a vida, concede também ao Filho possuir a vida em si; igualmente deu-lhe o poder de julgar, porque é o Filho do Homem.”
Não virá Ele, é certo, conviver conosco novamente na Terra, como nos tempos apostólicos mas, conforme estiver presente ou ausente em nossos corações, naquilo que ensinou e naquilo que, essencialmente Ele mesmo é, a saber: sabedoria, amor e pureza — assim seremos nós apartados uns dos outros.
*
Já dissemos e mostramos que, de tempos em tempos, periodicamente, a humanidade atinge um momento de depuração, que é sempre precedido de um expurgo planetário, para que dê um passo avante em sua rota evolutiva.
Estamos agora vivendo novamente um período desses e, nos planos espirituais superiores já se instala o divino tribunal; seu trabalho consiste na separação dos bons e dos maus, dos compatíveis e incompatíveis com as novas condições de vida que devem reinar na Terra futuramente.
No Evangelho, como já dissemos, ali está claramente demonstrada pelo próprio Mestre a natureza do veredito: passarão para a direita os espíritos julgados merecedores de acesso, aqueles que, pelo seu próprio esforço, conseguiram a necessária transformação moral; os já então incapazes de ações criminosas conscientes; os que tiverem dominado os instintos da violência, pela paz; do egoísmo, pelo despreendimento; da ambição, pela
renúncia; da sensualidade, pela pureza.
Todos aqueles, enfim, que possuirem em seus perispíritos a luminosidade reveladora da renovação, esses passarão para a direita; poderão fazer parte da nova humanidade redimida; habitarão o mundo purificado do Terceiro Milênio, onde imperarão novas leis, novos costumes, nova mentalidade social e no qual os povos, pela sua elevada conduta moral, tornarão uma realidade viva os ensinamentos do Messias.
Quanto aos demais, aqueles para os quais as luzes da vida espiritual ainda não se acenderam esses passarão para a esquerda, serão relegados a mundos inferiores, afins, onde viverão imersos em provas mais duras e acerbas, prosseguindo na expiação de seus erros, com os agravos da obstinação.
Todavia, a misericórdia, como sempre, os cobrirá, pois terão como tarefa redentora o auxílio e a orientação das humanidades retardadas desses mundos, com vistas ao apressamento de sua evolução coletiva.
E assim como sucedeu com os capelinos, em relação à Terra, assim sucederá com os terrícolas em relação aos orbes menos felizes, para onde forem degredados e, perante os quais como antigamente sucedeu, transformar-se-ão em Filhos de Deus, em anjos decaídos.
E o Senhor disse:
— “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas cousas aconteçam.”
Em sua linguagem sugestiva e alegórica referia-se o Mestre a esta geração terrena, formada por todas as raças, cuja evolução vem da noite dos tempos, nos períodos geológicos, alcança os nossos dias e prosseguirá pelo tempo adiante.
Não passará, quer dizer: não ascenderá na perfectibilidade, não habitará mundos melhores, não terá vida mais feliz, antes que redima os erros do pretérito e seja submetida ao selecionamento que se dará neste fim de ciclo que se aproxima.
Assim o expurgo destes nossos tempos — e que já está sendo iniciado nos planos etéreos — promoverá o alijamento de espíritos imperfeitos para outros mundos e, ao mesmo tempo, a imigração de espíritos de outros orbes para este.
Os que já estão vindo agora, formando uma geração de crianças tão diferentes de tudo e quanto tínhamos visto até o presente, são espíritos que vão tomar parte nos últimos acontecimentos deste período de transição planetária, que antecederá a renovação em perspectiva; porém os que vierem em seguida serão já os da humanidade renovada, os futuros homens da intuição formadores de nova raça — a sexta — que habitará o mundo do Terceiro Milênio.
Já estão descendo à Terra os Espíritos Missionários, auxiliares do Divino Mestre, encarregados de orientar as massas e ampará-las nos tumultos e nos sofrimentos coletivos que vão entenebrecer a vida planetária nestes últimos dias do século.
Lemos no Evangelho e também ouvíamos, de há muito, a palavra dos Mensageiros do Senhor advertindo que os tempos se aproximavam e caridosamente aconselhando aos homens que se guardassem do mal, orando e vigiando, como recomendara o Mestre.
Mas agora essas mesmas vozes nos dizem que os tempos já estão chegados, que o machado já está posto novamente à raiz das árvores e os fatos que se desenrolam perante nossos olhos estão de forma evidente, comprovando as advertências.
Estas, como também sucedeu nos tempos da Codificação, são uniformes nos seus termos em todos os lugares e ocasiões, demónstrando assim que há uma ordenação de caráter geral, vinda dos planos superiores, para a coordenação harmoniosa e concordante dos acontecimentos planetários.
Que ninguém, pois, permaneça indiferente a estes misericordiosos avisos para que possa, enquanto ainda é tempo, engrossar as fileiras daqueles que, no próximo julgamento, serão dignos da graça e da felicidade da redenção.
*
O Sol entrará agora no signo do Aquário.
Este é um signo de luz e de espiritualidade e governará um mundo novo onde, como já dissemos, mais altos atributos morais caracterizarão o homem planetário; onde não haverá mais lugar para as imperfeições que ainda hoje nos dominam; onde somente viverão aqueles que forem dignos do título de discípulos do Cristo em espírito e verdade.
O novo ciclo — que se chamará o Reino do Evangelho -será iniciado pelos homens da Sexta Raça e terminado pelos da Sétima e em seu transcurso a terra se transformará de mundo de expiação em mundo regenerado.
Em grande maioria, julgamos, os atuais moradores da Terra não serão dignos de habitar esse mundo melhor, porque o nível médio da espiritualização planetária é ainda muito precário; todavia, nem por isso seremos privados, qualquer que seja a nossa sorte, dos benefícios da compaixão do Senhor e de sua ajuda divina; e essa esperança nos levanta, ainda em tempo, para novas lutas, novas tentativas, novos esforços redentores.
Cristo, essa luz que não pudemos ainda conquistar, representa para nossos espíritos retardados, um ideal humano a atingir, um arquétipo de sublimada expressão espiritual e seu Evangelho, de beleza ímpar e de sabedoria incomparável, uma meta a alcançar algum dia.
*
O homem desviou-se de seus rumos, fugiu do aprisco acolhedor, entronisando a inteligência e desprezando os sentimentos do coração.
A ciência produziu frutos em largas messes que, no entanto, tem sido amargos, não servindo para alimentar a alma, enobrecendo-a.
Agora chegará o momento em que o coração dirá ao cérebro: basta e o homem, com base nas palavras do Messias, provará que somente o amor redime para a eternidade.
No que respeita aos astros individualmente e aos sistemas a supervisão destes trabalhos compete a espíritos da esfera crística que, na hierarquia celestial, se conhecem como Senhores de Mundos.
Estes espíritos, quando descem aos mundos materiais fazem-nos após demorada e dolorosa preparação, por estradas vibratórias rasgadas através esferas cada vez mais pesadas, descendo de plano a plano até surgirem crucificados como deuses nos ergástulos da matéria que forma o plano onde se detêm, na execução das tarefas salvadoras.
A vida humana nos mundos inferiores, por muito curta, não permite que os espíritos encarnados percebam a extensão, a amplitude e a profundidade das sublimes atividades desses altíssimos espíritos; seria preciso unir muitas vidas sucessivas, numa seqüência de milênios, para se ter um vislumbre, conquanto ainda ínfimo, desse trabalho criativo e funcional que se opera no campo da vida infinita.
*
Os períodos de expurgo estão também previstos nesse planejamento imenso. Quando os orbes se aproximam desses períodos entram em uma fase de transição durante a qual aumenta enormemente a intensidade física e emocional da vida dos espíritos encarnados ali, quase sempre de baixo teor vibratório, vibração essa que se projeta maleficamente na aura própria do orbe e nos planos espirituais que lhe são adjacentes; produz-se uma onda de magnetismo deletério que exige um processo, quase sempre violento e drástico, de purificação geral.
Estamos agora em pleno regime dum período destes. O expurgo que se aproxima será feito em grande parte com auxílio de um astro 3.200 vezes maior que a Terra e que para aqui se movimenta, rapidaménte, há alguns séculos, e sua influência já começou a se exercer sobre a Terra de forma decisiva quando o calendário marcou o início do segundo período deste século.
Essa influência irá aumentando progressivamente até 1992 e começará a decrescer até 1999, ano este que será para todos os efeitos o momento crucial desta dolorosa transição.
Como sua órbita é oblíqua em relação ao eixo da Terra, quando se aproximar mais, pela força magnética de sua capacidade de atração de massas, promoverá a verticalização do eixo com todas as terríveis conseqüências que este fenômeno produzirá.
Por outro lado, quando se aproximar, também sugará da aura terrestre todas as almas que afinem com ele no mesmo teor vibratório de baixa tensão; ninguém resistirá a força tremenda de sua vitalidade magnética; da Crosta, do Umbral e das Trevas nenhum espírito se salvará dessa tremenda atração e será arrastado para o bojo incomensurável do passageiro descomunal.
Ouçamos agora a Ciência do mundo atual.
Segundo revelações conhecidas, vindas do Plano Espiritual em várias datas, os acontecimentos previstos para este fim de ciclo evolutivo, diariamente vão se aproximando e seus primeiros sinais podemos verificar à simples observação do que se passa no mundo que nos rodeia, tanto no setor humano, como no da Natureza.
Segundo revelações novas, provindas do mesmo Plano, o começo crítico desses acontecimentos se dará em 1984, de hoje a seis breves anos; mas como são revelações que vêm através da mediunidade, muita gente, inclusive espíritas, não lhes dão muita atenção.
Mas sucede que agora a própria ciência materialista está trazendo seu contributo e confirmações, sobretudo na parte referente às atividades astronômicas e geofísicas.
As últimas publicações prenunciam para 1983 terríveis acontecimentos revelados por cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, e de Sidney, na Austrália, e dizem que está se encaminhando um alinhamento de planetas do nosso sistema em um dos lados do Sol. E que isso provocará um aumento considerável de manchas solares e de labaredas, de dimensões inusitadas, que impulsionarão o vento solar; correntes volumosas de radiações e de partículas atômicas que se projetarão sobre a Terra colidindo com sua atmosfera, criando auroras, formando tempestades violentas que perturbarão o ritmo de rotação do planeta, modificando o ângulo de sua inclinação sobre a órbita, com as terríveis conseqüências que estes fenômenos provocarão.
Com a verticalização do eixo da Terra profundas mudanças ocorrerão: maremotos, terremotos, afundamento de terras, elevação de outras, erupções vulcânicas, degelos- e inundações de vastos territórios planetários, profundas alterações atmosféricas e climáticas, fogo e cinzas, terror e morte por toda a parte.
É evidente que a esta parte astronômica e geofísica se acrescentarão as ocorrências já previstas, de caráter espiritual que não se torna necessário aqui repetir.
No fim deste século o clima em todo o mundo estará mais quente, o nível dos oceanos estará mais elevado e os ventos terão mudado de direção.
É esta a conclusão a que chegaram os cientistas do Observatório geofísico de Leningrado, na Rússia, depois de estudarem matematicamente as tendências das mudanças climáticas ocorridas até agora na Terra.
Dizem eles que com o aumento da temperatura da atmosfera terrestre, no fim do século as calotas polares terão retrocedido (diminuído) consideravelmente e haverá modificações na distribuição das chuvas.
Estes prenúncios científicos destacam justamente os pontos mais marcantes das previsões espirituais que têm sido reveladas aos homens encarnados pelo Plano Espiritual através de médiuns de confiança, que asseguram a necessária autenticidade das comunicações.
Assim, pois, estamos no princípio das dores e um pouco mais os sinais dos grandes tormentos estarão visíveis no céu e na terra não havendo mais tempo para tardios arrependimentos.
Nesse dia:
— “Quem estiver no telhado não desça à casa e quem estiver no campo não volte atrás.”
Porque haverá grandes atribulações e cada homem e cada mulher estará entregue a si mesmo.
Ninguém poderá interceder pelo próximo; haverá um tão grande desalento que somente a morte será o desejo dos corações; até o Sol se esconderá porque a atmosfera se cobirá de sombras; e nenhuma prece mais será ouvida e nenhum lamento mais comoverá as Potestades ou desviará o curso dos acontecimentos.
Como está escrito:
— “E nesse dia haverá uma grande aflição como nunca houve nem nunca há de haver.”
Porque o Mestre é o Senhor, e se passam a Terra e os Céus suas palavras não passarão.
E Ele disse:
— “Jerusalém! Jerusalém! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas e não o quiseste...
“Por isso não me vereis mais até que digais: bendito seja o que vem em nome do Senhor.”
*
E enquanto nossos olhos conturbados prescrutam os céus, seguindo, aflitos, a réstea branca de luz que deixa na sua esteira, a linda Capela, o orbe longínquo dos nossos sonhos, reboa ainda aos nossos ouvidos, vindas das profundezas do tempo, as palavras comovedoras de João, nos repetindo:
“Ele era a luz dos homens, a luz resplandeceu nas trevas e as trevas não a receberam.”
E só então, penitentes e contritos, nós medimos, na trágica e tremenda lição, a enormidade dos nossos erros e a extensão imensa de nossa obstinada cegueira: — porque fomos daqueles para os quais, naquele tempo, a luz resplandeceu e foi desprezada;
— somos daqueles que repudiamos a salvação;
— somos os proscritos que ainda não se redimiram e que vão ser novamente julgados, pesados e medidos, no tribunal do divino poder.
Por isso é que permanecemos ainda neste vale expiatório de sombras e de morte a entoar, lamentosamente, a nênia melancólica do arrependimento.
Jerusalém! Jerusalém!
CLÁUDIO EDUARDO ABRAHÃO
10.07.2009
RESUMO
Intrigante relato trazidos pela espiritualidade com citações de Emmanuel, sobre todo o processo de formação e evolução da raça humana.
Do sistema de Capela, localizado muito distante do planeta Terra, inúmeros irmãos que não conseguiram acompanhar a transição de seu planeta, que saía da fase de Provação e Expiação e começava uma nova etapa de Regeneração, são trazidos para cá, reencarnando entre nós, dotados de um intelecto muito mais avançado, começaram a direcionar as criaturas aqui encarnadas para um desenvolvimento intelectual e moral rumo ao progresso.
O QUE É A CONSTELAÇÃO DO COCHEIRO?
A Constelação do Cocheiro é formada por um grupo de estrelas de várias grandezas, entre as quais se inclui a Capela, de primeira grandeza e que, por isso mesmo, é a alfa da constelação.
O QUE É CAPELA?
Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Dista da Terra 45 anos-luz, distância essa que, em quilômetros, se representa pelo número 4.275 seguido de 12 zeros.
Na abóboda celeste está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince; e, quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis e Tauro.
Conhecida desde a mais remota antiguidade, Capela é uma estrela gasosa, segundo o afirma o célebre astrônomo Eddington, e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que respiramos.
Sua cor é amarela, o que demonstra ser um sol em plena juventude; e, como um sol, deve ser habitada por uma humanidade bastante evoluida.
ORIGEM DA CRIAÇÃO DA VIDA HUMANA NA TERRA
Sabemos agora que esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma retardada, que veio evoluindo lentamente através das formas rudimentares da vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os “primatas” foram o tipo anterior melhor definido; e outra categoria, composta de seres mais avançados e dominantes, que constituiram as levas exiladas da Capela(2), o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal.
Esses milhões de advenas para aqui transferidos, em época impossível de ser agora determinada, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de entendimento mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foram o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva, para o conchego da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora.
Mestres, condutores e líderes que então se tornaram das tribos humanas primitivas, foram eles, os exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito.
(2) Há também notícias de que, em outras épocas, desceram à Terra instrutores vindos e Vênus.
OS TRÊS CICLOS
Para melhor metodização do estudo que vamos fazer, deste tão singular e interessante assunto, julgamos aconselhável dividir a história da vida humana, na Terra, em três períodos ou ciclos que, muito embora diferentes das classificações oficiais, nem por isso, todavia, representam discordância em relação a elas; adotamos uma divisão arbitrária, unicamente por conveniência didática, segundo um ponto de vista todo pessoal.
É a seguinte:
1º Ciclo:
Começa no ponto em que os Prepostos do Cristo, já havendo determinado os tipos dos seres dos três reinos inferiores e terminado as experimentações fundamentais para a criação do até hoje misterioso tipo de transição entre os reinos animal e humano, apresentaram, como espécime-padrão, adequado às condições de vida no planeta, esta forma corporal crucífera, símbolo da evolução pelo sofrimento que, aliás, com ligeiras modificações, se reflete no sistema sideral de que fazemos parte e até onde se estende a autoridade espiritual de Jesus Cristo, o sublime arquiteto e divino diretor planetário.
O ciclo prossegue com a evolução, no astral do planeta, dos espíritos que formaram a 1ª Raça-Mãe; depois com a encarnação dos homens primitivos na 2ª Raça-Mãe, suas sucessivas gerações e selecionamentos periódicos para aperfeiçoamentos etnográficos; na 3ª e na 4ª, com a emigração de espíritos vindos da Capela; corrupção moral subseqüente e expurgo da Terra com os cataclismos que a tradição espiritual registra.
2º Ciclo:
Inicia-se com as massas sobreviventes desses cataclismos; atravessa toda a fase consumida com a formação de novas e mais adiantadas sociedades humanas e termina com vinda do Messias Redentor.
3º Ciclo:
Começa no Gólgota, com o último ato do sacrifício do Divino Mestre e vem até nossos dias, devendo encontrar-se com o advento do Terceiro Milênio, em pleno Aquário, quando a humanidade sofrerá novo expurgo — que é o predito por Jesus, nos seus ensinos, anunciado desde antes pelos Profetas hebreus, simbolizado por João no Apocalipse e confirmado pelos porta-vozes da Terceira Revelação — época cru que se iniciará na Terra um período de vida moral mais perfeito, para tornar realidade os ensinamentos contidos nos evangelhos cristãos.
AS ENCARNAÇÕES NA SEGUNDA RAÇA
Quando cessou o trabalho de integração de espíritos animalizados nesses corpos fluí dicos e terminaram sua evolução, aliás muito rápida, nessa raça padrão, o planeta se encontrava nos fins de seu terceiro período geológico e já oferecia condições de vida favoráveis para seres humanos encarnados; já de há muito seus elementos materiais estavam estabilizados e o cenário foi julgado apto a receber o “rei da criação”.
Iniciou-se, então, essa encarnação nos homens primitivos formadores da
Segunda Raça-Mãe, que a tradição esotérica também registrou com as seguintes características:
— “espíritos habitando formas mais consistentes, já Possuidores de mais lucidez e personalidade”, porém ainda não fisicamente humanos. Iniciou-se com estes espíritos um estágio de adaptação na crosta planetária tendo como teatro o grande continente da Lemúria. Esta segunda raça deve ser considerada como pré-adâmica.
Os homens dessa segunda raça em quase nada se distinguiam dos seus antecessores símios; eram grotescos, animalizado, inteiramente peludos, enormes cabeças pendentes para a frente, braços longos que quase tocavam os joelhos; ferozes, de andar trôpego e vacilante e em cujo olhar, inexpressivo e esquivo, predominavam a desconfiança e o medo.
A TERCEIRA RAÇA-MÃE
Estava-se no período que a ciência oficial denomina — Era da Pedra Lascada — em que o engenho humano, para seu uso e defesa, se utilizava do sílex, como arma primitiva e tosca.
Nessa época, em pleno quaternário, por efeito de causas pouco conhecidas, ocorreu um resfriamento súbito da atmosfera, formando-se geleiras, que cobriam toda a Terra.
Entretanto, tempos mais tarde, as alternativas da evolução física do globo determinaram acentuado aquecimento geral, que provocou súbito degelo e terríveis inundações fenômeno esse que, na tradição pré-histórica, ficou conhecido como — o dilúvio universal, — atribuído a um desvio de eixo do globo que se obliquou e provocado pela aproximação de um astro, que determinou também alteração na sua órbita, que se tornou, então, mais fechada.
A SENTENÇA DIVINA
Ia em meio o ciclo evolutivo da Terceira Raça(7), cujo núcleo mais importante e numeroso se situava na Lemúria quando, nas esferas espirituais, foi considerada a situação da Terra e resolvida a imigração para ela de populações de Outros orbes mais adiantados, para que o homem planetário pudesse receber um poderoso estímulo e uma ajuda direta na sua árdua luta pela conquista da própria espiritualidade.
A escolha, como já dissemos, recaíu nos habitantes da Capela.
Eis como Emmanuel, o espírito de superior hierarquia, tão estreitamente vinculado agora ao movimento espiritual da Pátria do Evangelho, inicia a narrativa desse impressionante acontecimento: “Há muitos milênios, um dos orbes do Cocheiro, que guarda muitas
afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos...
Alguns milhões de espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e de virtudes...
Aliás, essa permuta de populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de caráter seletivo; como também é fenômeno que se enquadra nas leis gerais da justiça e da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos oportunos, retomadas de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços evolutivos para as comunidades de espíritos habitantes dos diferentes mundos.
Por outro lado é a misericórdia divina que se manifesta, possibilitando a reciprocidade do auxílio, a permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim, da fraternidade para todos os seres da criação.
Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes de Capela que, como já foi dito, deviam dali ser expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe.
*
Resolvida, pois, a transferência, os milhares de espíritos atingidos pela irrecorrível decisão foram notificados do seu novo destino e da necessidade de sua reencarnação em planeta inferior.
SETH — O CAPELINO
No capítulo em que descreve os antepassados do homem e, pondo em evidência a significação simplesmente simbólica, mas autêntica, dos textos bíblicos ele pergunta: — “Onde está Adão, com a sua queda do paraíso?
Debalde nossos olhos procuram, aflitos, essas figuras legendárias com o propósito de localizá-las no espaço e no tempo.
“Compreendemos afinal que Adão e Eva constituem uma lembrança dos espíritos degredados na paisagem escura da Terra, como Caim e Abel são dois simbolos para a personalidade das criaturas.”
Sim; realmente, Adão representa a queda dos espíritos capelinos neste mundo de expiação que é a Terra, onde o esforço verte lágrimas e sangue, como também lá no sagrado texto está predito: — “Maldita é a Terra por causa de ti — disse o Senhor; com dor comerás dela todos os dias de tua vida...
No suor do teu rosto comerás o seu pão até que te tornes à Terra.”
Refere-se o texto aos capelinos, às sucessivas reencarnações que sofriam para resgate de suas culpas.
Mas, retomando a narrativa e no entendimento iniciático diremos que Caim e Abel — os dois primeiros filhos - são unicamente símbolos das tendências do caráter dessas legiões de emigrados, formadas, em parte, por espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos e, em parte, por outros — ainda que criminosos — porém já mais pacificados, conformados e submissos à vontade do Senhor.
Vimos, qual a significação simbólica dos dois primeiros filhos de Adão — Caim e Abel e diremos agora que, do ponto de vista propriamente histórico ou cronológico, a descida dos exilados é representada na Gênesis pelo nascimento de Seth — o terceiro filho — que Adão, como diz o texto: “gerou à sua semelhança, conforme sua imagem”. Isto é: aquele que com ele mesmo, Adão, se confunde, é-lhe análogo.
Se Adão, no símbolo, representa o acontecimento da descida, a queda das legiões de emigrados e os dois primeiros filhos o caráter dessas legiões, Seth, no tempo, representa a época do acontecimento, época essa que no próprio texto está bem definida com o seguinte esclarecimento:
— “Os homens, então, começaram a evocar o nome do Senhor”.
Isso quer dizer que a geração de Seth é a de espíritos não já habitantes da Terra — os das raças primitivas, bárbaros, selvagens, ignorantes, virgens ainda de sentimentos e conhecimentos religiosos — mas outros, diferentes, mais evoluídos, que já conheciam seus deveres espirituais suas ligações com o céu; espíritos já conscientes de sua filiação divina, que já sabiam estabelecer.
Mas, retomando a narrativa e no entendimento iniciático diremos que Caim e Abel — os dois primeiros filhos - são unicamente símbolos das tendências do caráter dessas legiões de emigrados, formadas, em parte, por espíritos rebeldes, violentos e orgulhosos e, em parte, por outros — ainda que criminosos — porém já mais pacificados, conformados e submissos à vontade do Senhor.
DA DESCIDA À CORRUPÇÃO
Diz a Gênesis:
- “E aconteceu que, como os homens se começaram a multiplicar sobre a face da Terra e lhes nasceram filhos; viram os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram”.
Isto quer dizer que os degredados — aqui mencionados como Filhos de Deus — encarnando no seio de habitantes selvagens do planeta, não levaram em conta as melhores possibilidades que possuíam, como conhecedores de uma vida mais perfeita e, ao desposarem as mulheres primitivas, adotaram seus costumes desregrados e deixaram-se dominar pelos impulsos inferiores que lhes eram naturais.
Chegaram numa época em que as raças primitivas viviam mergulhadas nos instintos animalizados da carne e, sem se guardarem, afundaram na impureza, não resistindo ao império das leis naturais que se cumpriam irrevogavelmente, como sempre sucede.
OS EXPURGOS REPARADORES
Em conseqüência, o vasto continente da Lemúria, núcleo central da Terceira Raça, afundou-se nas águas levando para o fundo dos abismos milhões de seres rudes, vingativos, egoístas e animalizados.
Este continente, chamado, na literatura hindu antiga Shalmali Dvipa, compreendia o sul da África, Madagascar, Ceilão, Sumatra, Oceano Indico, Austrália, Nova Zelândia e Polinésia e foi a primeira terra habitada pelo homem.
Sua atmosfera era ainda muito densa e a crosta pouco sólida em alguns pontos. Segundo a tradição o homem lemuriano ainda não possuía o sentido da visão como o possuímos hoje: havia nas órbitas somente duas manchas sensíveis, que eram afetadas pela luz, porém sua percepção interna, como é natural, era bastante desenvolvida.
Os lemurianos da 3ª Raça-Mãe eram homens que apenas iniciavam a vida em corpo físico neste planeta; não possuíam conhecimento algum sobre a vida material, pois que utilizaram corpos etéreos nos planos espirituais donde provinham, com os quais estavam familiarizados. Desta forma suas preocupações eram todas dirigidas para esta nova condição de vida, desconhecida e altamente objetiva.
Em suas escolas primárias os Instrutores desencarnados que os orientavam referiam-se às forças cósmicas que regem o Globo e que fortemente os cativavam e surpreendiam, por serem forças de um astro ainda em fase de consolidação e cuja vida, portanto era inóspita, perigosa; ensinavam também sobre fatos referentes à natureza física, às artes e ao desenvolvimento da vontade, da imaginação, da memória, por serem faculdades
que desconheciam.
A maior parte da população vivia em condições primitivas, análogas às dos animais; e as formas físicas que acabavam de incorporar, facilmente degeneraram para a selvageria, muito mais rude e impiedosa que esta que ainda hoje presenciamos aqui na Terra junto às tribos primitivas de algumas regiões da Ásia, da Austrália e das ilhas do Pacífico sul.
A Lemúria desapareceu 700.000 anos antes do alvorecer da Idade Terciária.
Sua existência, como muitas outras cousas reais, tem sido contestada e não é admitida pela ciência oficial, porém, ao mesmo tempo, essa ciência considera um mistério a existência de aborígenes na Austrália, a imensa ilha ao sul do Oceano Índico, tão afastada de qualquer continente. Esses aborígenes são até hoje inassimiláveis ante a civilização, extremamente primitivos e de cor escura como os próprios seres que habitavam a antiga Lemúria.
O território da Austrália apresenta aspectos e condições que a Terra teria tido em idades remotas e os próprios animais são ainda semelhantes aos que viveram naqueles tempos.
Mas, assim como sucede em relação à Atlântida, a ciência aos poucos vai se aproximando e aceitando as revelações e as tradições do mundo espiritual, sobre as quais nenhuma dúvida deve persistir a respeito destes fatos.
NA ATLÂNTIDA, COM A QUARTA RAÇA
Extinta dessa forma, em sua grande massa, a terceira raça habitante do Oriente levantou-se então, no Ocidente, o campo da nova civilização terrestre, com o incremento das encarnações dos exilados na Grande Atlântida, o “habitat” da Quarta Raça, onde prepostos do Cristo já haviam, antecipadamente, preparado o terreno para esses novos surtos de vida planetária.
Assim, pois, deslocava-se para essa nova região o progresso do mundo, enquanto os remanescentes da terceira raça, inclusive os tipos primitivos, continuariam a renascer nos povos retardados, de todo o globo, que não pudessem acompanhar a marcha evolutiva da humanidade em geral, como até hoje se pode verificar.
E, da mesma forma como sucedera em outras partes, na Atlântida os exilados, a partir dessa deslocação de massas, seguiram lentamente sua rota evolutiva e, apesar de mais evoluídos e menos selvagens que os Rutas do Oriente, nem por isso primavam por uma conduta mais perfeita.
“Os atlantes primitivos da 4ª Raça-Mãe, que vieram em seguida, eram homens de elevada estatura, com a testa muito recuada; tinham cabelo solto e negro, de secção redonda, e nisto diferiam dos homens que vieram mais tarde, que os possuiam de secção ovalada; suas orelhas eram situadas bem mais para trás e para cima, no crânio.
A cabeça do perispírito ainda estava um tanto para fora, em relação ao corpo físico, o que indicava que ainda não havia integração perfeita; e na raiz do nariz havia um “ponto” que no homem atual corresponde à origem do corpo etéreo (não confundir com a glândula hipófise, que se situa muito mais para
A QUINTA RAÇA
Com a chegada dos remanescentes da Atlântida os povos Hiperbóreos ganharam forte impulso civilizador e, após várias transformações operadas no seu tipo fundamental biológico por efeito do clima, dos costumes e dos cruzamentos com os tipos-base, já previamente selecionados pelos auxiliares do Cristo, conseguiram estabelecer os elementos etnográficos essenciais e definitivos do homem branco, de estatura elegante e magnífica, cabelos ruivos, olhos azuis, rosto de feições delicadas.
Nessa época, como tantas vezes sucedera no globo anteriormente, esse continente começou a sofrer um processo de intenso resfriamento que tornou toda a região inóspita, hostil à vida humana.
OS QUATRO POVOS
Após essas impressionantes depurações os remanescentes humanos agrupados, cruzados e selecionados aqui e ali, por vários processos, e em cujas veias já corria, dominadoramente, o sangue espiritual dos exilados da Capela, passaram a formar quatro povos principais a saber: os Árias, na Europa; os Hindus, na Ásia; os Egípcios, na África e os Israelitas, na Palestina.
Os ÁRIAS, após a invasão da Índia, para onde se deslocaram, como vimos, sob a chefia de Rama, aí se estabeleceram, expulsando os habitantes primitivos, descendentes dos Rutas da terceira raça e organizando uma poderosa civilização espiritual que, em seguida, se derramou por todo o mundo.
Deles descendem todos os povos de pele branca que, um pouco mais tarde, conquistaram e dominaram a Europa até o Mediterrâneo.
Os HINDÚS, que se formaram de cruzamentos sucessivos entre os primitivos habitantes da região e que fecunda-mente proliferaram após as arremetidas dos Árias para o ocidente e para o sul, e dos quais herdaram conhecimentos espirituais avançados e outros elementos civilizadores.
Os EGÍPCIOS — os da primeira civilização — detentores da mais dinâmica sabedoria; povo que, como diz Emmanuel: “Após deixar o testemunho de sua existência gravado nos monumentos imperecíveis das Pirâmides regressou ao paraiso da Capela”.
E finalmente os ISRAELITAS, povo tenaz, orgulhoso, fanático e inamovível nas suas crenças; povo heróico no sofrimento e na fidelidade religiosa, do qual disse o Apóstolo das Gentes:
- “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; porém vendo-as de longe e abraçando-as confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na Terra.”
Povo que até hoje padece, como nenhum outro dos exilados, por haver desprezado a luz quando ela no seu seio privilegiado brilhou, segundo a Promessa, na pessoa do próprio divino Senhor — O Messias.
Como disse o Apóstolo João:
— “Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens; e a luz resplandeceu nas trevas e as trevas não a receberam”.
A PASSAGEM DO MILÊNIO
E assim atingimos o último ciclo.
Dois mil anos são transcorridos após o sublime avatar mas, entretanto, eis que a humanidade vive agora um novo período de ansiosa e dolorosa expectação; mais que nunca, e justamente porque seu entendimento se alargou, crescendo sua responsabilidade, necessita ela de um redentor.
Porque os ensinos maravilhosos do Messias de Deus foram, em grande parte, desprezados ou deturpados.
O rumo tomado pelas sociedades humanas não é aquele que o divino Pastor apontou ao rebanho bruto dos primeiros dias, aos Filhos da Promessa que desceram dos céus e continua a apontar às gerações já mais esclarecidas e conscientes dos nossos tempos.
Os homens se desviaram por maus caminhos e se perderam nas sombras da maldade e do crime.
Como da primeira vez, os degredados e seus descendentes deixaram-se corromper pelas paixões e foram dominados pelas tentações do mundo material.
Sua inteligência, grandemente desenvolvida no transcorrer dos séculos, foi aplicada na conquista de bens perecíveis; os templos dos deuses da guerra, transferidos agora para as oficinas e as chancelarias, nunca mais desde muito se fecharam e a violência e a corrupção dominam por toda a terra.
A amálgama das raças e sua espiritualização na unidade — que era a tarefa planetária dos Exilados — não produziu os desejados efeitos, pois que parte da humanidade vive e se debate na voragem nefanda da morte, destruindo-se mutuamente, enquanto muitos dos Filhos da Terra ainda permanecem na mais lamentável barbárie e na ignorância de suas altas finalidades evolutivas.
Pode hoje o narrador repetir como antigamente:
— “e viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra Por isso, agora, ao nos avizinharmos do encerramento deste ciclo, nossos corações se confrangem e atemorizam: tememos o dia do novo juízo quando o Cristo, sentado no seu trono de luzes, pedir-nos contas de nossos atos.
Porque está escrito, para se cumprir como tudo o mais se tem cumprido: — “O Filho do Homem será o juiz.
“Pois, como o Pai tem em si mesmo a vida, concede também ao Filho possuir a vida em si; igualmente deu-lhe o poder de julgar, porque é o Filho do Homem.”
Não virá Ele, é certo, conviver conosco novamente na Terra, como nos tempos apostólicos mas, conforme estiver presente ou ausente em nossos corações, naquilo que ensinou e naquilo que, essencialmente Ele mesmo é, a saber: sabedoria, amor e pureza — assim seremos nós apartados uns dos outros.
*
Já dissemos e mostramos que, de tempos em tempos, periodicamente, a humanidade atinge um momento de depuração, que é sempre precedido de um expurgo planetário, para que dê um passo avante em sua rota evolutiva.
Estamos agora vivendo novamente um período desses e, nos planos espirituais superiores já se instala o divino tribunal; seu trabalho consiste na separação dos bons e dos maus, dos compatíveis e incompatíveis com as novas condições de vida que devem reinar na Terra futuramente.
No Evangelho, como já dissemos, ali está claramente demonstrada pelo próprio Mestre a natureza do veredito: passarão para a direita os espíritos julgados merecedores de acesso, aqueles que, pelo seu próprio esforço, conseguiram a necessária transformação moral; os já então incapazes de ações criminosas conscientes; os que tiverem dominado os instintos da violência, pela paz; do egoísmo, pelo despreendimento; da ambição, pela
renúncia; da sensualidade, pela pureza.
Todos aqueles, enfim, que possuirem em seus perispíritos a luminosidade reveladora da renovação, esses passarão para a direita; poderão fazer parte da nova humanidade redimida; habitarão o mundo purificado do Terceiro Milênio, onde imperarão novas leis, novos costumes, nova mentalidade social e no qual os povos, pela sua elevada conduta moral, tornarão uma realidade viva os ensinamentos do Messias.
Quanto aos demais, aqueles para os quais as luzes da vida espiritual ainda não se acenderam esses passarão para a esquerda, serão relegados a mundos inferiores, afins, onde viverão imersos em provas mais duras e acerbas, prosseguindo na expiação de seus erros, com os agravos da obstinação.
Todavia, a misericórdia, como sempre, os cobrirá, pois terão como tarefa redentora o auxílio e a orientação das humanidades retardadas desses mundos, com vistas ao apressamento de sua evolução coletiva.
E assim como sucedeu com os capelinos, em relação à Terra, assim sucederá com os terrícolas em relação aos orbes menos felizes, para onde forem degredados e, perante os quais como antigamente sucedeu, transformar-se-ão em Filhos de Deus, em anjos decaídos.
E o Senhor disse:
— “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas cousas aconteçam.”
Em sua linguagem sugestiva e alegórica referia-se o Mestre a esta geração terrena, formada por todas as raças, cuja evolução vem da noite dos tempos, nos períodos geológicos, alcança os nossos dias e prosseguirá pelo tempo adiante.
Não passará, quer dizer: não ascenderá na perfectibilidade, não habitará mundos melhores, não terá vida mais feliz, antes que redima os erros do pretérito e seja submetida ao selecionamento que se dará neste fim de ciclo que se aproxima.
Assim o expurgo destes nossos tempos — e que já está sendo iniciado nos planos etéreos — promoverá o alijamento de espíritos imperfeitos para outros mundos e, ao mesmo tempo, a imigração de espíritos de outros orbes para este.
Os que já estão vindo agora, formando uma geração de crianças tão diferentes de tudo e quanto tínhamos visto até o presente, são espíritos que vão tomar parte nos últimos acontecimentos deste período de transição planetária, que antecederá a renovação em perspectiva; porém os que vierem em seguida serão já os da humanidade renovada, os futuros homens da intuição formadores de nova raça — a sexta — que habitará o mundo do Terceiro Milênio.
Já estão descendo à Terra os Espíritos Missionários, auxiliares do Divino Mestre, encarregados de orientar as massas e ampará-las nos tumultos e nos sofrimentos coletivos que vão entenebrecer a vida planetária nestes últimos dias do século.
Lemos no Evangelho e também ouvíamos, de há muito, a palavra dos Mensageiros do Senhor advertindo que os tempos se aproximavam e caridosamente aconselhando aos homens que se guardassem do mal, orando e vigiando, como recomendara o Mestre.
Mas agora essas mesmas vozes nos dizem que os tempos já estão chegados, que o machado já está posto novamente à raiz das árvores e os fatos que se desenrolam perante nossos olhos estão de forma evidente, comprovando as advertências.
Estas, como também sucedeu nos tempos da Codificação, são uniformes nos seus termos em todos os lugares e ocasiões, demónstrando assim que há uma ordenação de caráter geral, vinda dos planos superiores, para a coordenação harmoniosa e concordante dos acontecimentos planetários.
Que ninguém, pois, permaneça indiferente a estes misericordiosos avisos para que possa, enquanto ainda é tempo, engrossar as fileiras daqueles que, no próximo julgamento, serão dignos da graça e da felicidade da redenção.
*
O Sol entrará agora no signo do Aquário.
Este é um signo de luz e de espiritualidade e governará um mundo novo onde, como já dissemos, mais altos atributos morais caracterizarão o homem planetário; onde não haverá mais lugar para as imperfeições que ainda hoje nos dominam; onde somente viverão aqueles que forem dignos do título de discípulos do Cristo em espírito e verdade.
O novo ciclo — que se chamará o Reino do Evangelho -será iniciado pelos homens da Sexta Raça e terminado pelos da Sétima e em seu transcurso a terra se transformará de mundo de expiação em mundo regenerado.
Em grande maioria, julgamos, os atuais moradores da Terra não serão dignos de habitar esse mundo melhor, porque o nível médio da espiritualização planetária é ainda muito precário; todavia, nem por isso seremos privados, qualquer que seja a nossa sorte, dos benefícios da compaixão do Senhor e de sua ajuda divina; e essa esperança nos levanta, ainda em tempo, para novas lutas, novas tentativas, novos esforços redentores.
Cristo, essa luz que não pudemos ainda conquistar, representa para nossos espíritos retardados, um ideal humano a atingir, um arquétipo de sublimada expressão espiritual e seu Evangelho, de beleza ímpar e de sabedoria incomparável, uma meta a alcançar algum dia.
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O homem desviou-se de seus rumos, fugiu do aprisco acolhedor, entronisando a inteligência e desprezando os sentimentos do coração.
A ciência produziu frutos em largas messes que, no entanto, tem sido amargos, não servindo para alimentar a alma, enobrecendo-a.
Agora chegará o momento em que o coração dirá ao cérebro: basta e o homem, com base nas palavras do Messias, provará que somente o amor redime para a eternidade.
No que respeita aos astros individualmente e aos sistemas a supervisão destes trabalhos compete a espíritos da esfera crística que, na hierarquia celestial, se conhecem como Senhores de Mundos.
Estes espíritos, quando descem aos mundos materiais fazem-nos após demorada e dolorosa preparação, por estradas vibratórias rasgadas através esferas cada vez mais pesadas, descendo de plano a plano até surgirem crucificados como deuses nos ergástulos da matéria que forma o plano onde se detêm, na execução das tarefas salvadoras.
A vida humana nos mundos inferiores, por muito curta, não permite que os espíritos encarnados percebam a extensão, a amplitude e a profundidade das sublimes atividades desses altíssimos espíritos; seria preciso unir muitas vidas sucessivas, numa seqüência de milênios, para se ter um vislumbre, conquanto ainda ínfimo, desse trabalho criativo e funcional que se opera no campo da vida infinita.
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Os períodos de expurgo estão também previstos nesse planejamento imenso. Quando os orbes se aproximam desses períodos entram em uma fase de transição durante a qual aumenta enormemente a intensidade física e emocional da vida dos espíritos encarnados ali, quase sempre de baixo teor vibratório, vibração essa que se projeta maleficamente na aura própria do orbe e nos planos espirituais que lhe são adjacentes; produz-se uma onda de magnetismo deletério que exige um processo, quase sempre violento e drástico, de purificação geral.
Estamos agora em pleno regime dum período destes. O expurgo que se aproxima será feito em grande parte com auxílio de um astro 3.200 vezes maior que a Terra e que para aqui se movimenta, rapidaménte, há alguns séculos, e sua influência já começou a se exercer sobre a Terra de forma decisiva quando o calendário marcou o início do segundo período deste século.
Essa influência irá aumentando progressivamente até 1992 e começará a decrescer até 1999, ano este que será para todos os efeitos o momento crucial desta dolorosa transição.
Como sua órbita é oblíqua em relação ao eixo da Terra, quando se aproximar mais, pela força magnética de sua capacidade de atração de massas, promoverá a verticalização do eixo com todas as terríveis conseqüências que este fenômeno produzirá.
Por outro lado, quando se aproximar, também sugará da aura terrestre todas as almas que afinem com ele no mesmo teor vibratório de baixa tensão; ninguém resistirá a força tremenda de sua vitalidade magnética; da Crosta, do Umbral e das Trevas nenhum espírito se salvará dessa tremenda atração e será arrastado para o bojo incomensurável do passageiro descomunal.
Ouçamos agora a Ciência do mundo atual.
Segundo revelações conhecidas, vindas do Plano Espiritual em várias datas, os acontecimentos previstos para este fim de ciclo evolutivo, diariamente vão se aproximando e seus primeiros sinais podemos verificar à simples observação do que se passa no mundo que nos rodeia, tanto no setor humano, como no da Natureza.
Segundo revelações novas, provindas do mesmo Plano, o começo crítico desses acontecimentos se dará em 1984, de hoje a seis breves anos; mas como são revelações que vêm através da mediunidade, muita gente, inclusive espíritas, não lhes dão muita atenção.
Mas sucede que agora a própria ciência materialista está trazendo seu contributo e confirmações, sobretudo na parte referente às atividades astronômicas e geofísicas.
As últimas publicações prenunciam para 1983 terríveis acontecimentos revelados por cientistas da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, e de Sidney, na Austrália, e dizem que está se encaminhando um alinhamento de planetas do nosso sistema em um dos lados do Sol. E que isso provocará um aumento considerável de manchas solares e de labaredas, de dimensões inusitadas, que impulsionarão o vento solar; correntes volumosas de radiações e de partículas atômicas que se projetarão sobre a Terra colidindo com sua atmosfera, criando auroras, formando tempestades violentas que perturbarão o ritmo de rotação do planeta, modificando o ângulo de sua inclinação sobre a órbita, com as terríveis conseqüências que estes fenômenos provocarão.
Com a verticalização do eixo da Terra profundas mudanças ocorrerão: maremotos, terremotos, afundamento de terras, elevação de outras, erupções vulcânicas, degelos- e inundações de vastos territórios planetários, profundas alterações atmosféricas e climáticas, fogo e cinzas, terror e morte por toda a parte.
É evidente que a esta parte astronômica e geofísica se acrescentarão as ocorrências já previstas, de caráter espiritual que não se torna necessário aqui repetir.
No fim deste século o clima em todo o mundo estará mais quente, o nível dos oceanos estará mais elevado e os ventos terão mudado de direção.
É esta a conclusão a que chegaram os cientistas do Observatório geofísico de Leningrado, na Rússia, depois de estudarem matematicamente as tendências das mudanças climáticas ocorridas até agora na Terra.
Dizem eles que com o aumento da temperatura da atmosfera terrestre, no fim do século as calotas polares terão retrocedido (diminuído) consideravelmente e haverá modificações na distribuição das chuvas.
Estes prenúncios científicos destacam justamente os pontos mais marcantes das previsões espirituais que têm sido reveladas aos homens encarnados pelo Plano Espiritual através de médiuns de confiança, que asseguram a necessária autenticidade das comunicações.
Assim, pois, estamos no princípio das dores e um pouco mais os sinais dos grandes tormentos estarão visíveis no céu e na terra não havendo mais tempo para tardios arrependimentos.
Nesse dia:
— “Quem estiver no telhado não desça à casa e quem estiver no campo não volte atrás.”
Porque haverá grandes atribulações e cada homem e cada mulher estará entregue a si mesmo.
Ninguém poderá interceder pelo próximo; haverá um tão grande desalento que somente a morte será o desejo dos corações; até o Sol se esconderá porque a atmosfera se cobirá de sombras; e nenhuma prece mais será ouvida e nenhum lamento mais comoverá as Potestades ou desviará o curso dos acontecimentos.
Como está escrito:
— “E nesse dia haverá uma grande aflição como nunca houve nem nunca há de haver.”
Porque o Mestre é o Senhor, e se passam a Terra e os Céus suas palavras não passarão.
E Ele disse:
— “Jerusalém! Jerusalém! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas e não o quiseste...
“Por isso não me vereis mais até que digais: bendito seja o que vem em nome do Senhor.”
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E enquanto nossos olhos conturbados prescrutam os céus, seguindo, aflitos, a réstea branca de luz que deixa na sua esteira, a linda Capela, o orbe longínquo dos nossos sonhos, reboa ainda aos nossos ouvidos, vindas das profundezas do tempo, as palavras comovedoras de João, nos repetindo:
“Ele era a luz dos homens, a luz resplandeceu nas trevas e as trevas não a receberam.”
E só então, penitentes e contritos, nós medimos, na trágica e tremenda lição, a enormidade dos nossos erros e a extensão imensa de nossa obstinada cegueira: — porque fomos daqueles para os quais, naquele tempo, a luz resplandeceu e foi desprezada;
— somos daqueles que repudiamos a salvação;
— somos os proscritos que ainda não se redimiram e que vão ser novamente julgados, pesados e medidos, no tribunal do divino poder.
Por isso é que permanecemos ainda neste vale expiatório de sombras e de morte a entoar, lamentosamente, a nênia melancólica do arrependimento.
Jerusalém! Jerusalém!
CLÁUDIO EDUARDO ABRAHÃO
10.07.2009